Sem nada dizer ela se foi. A casa ficou maior, tudo era só dele.
Não haveria mais necessidade de discussões. Nada de ter de arranjar desculpas para os atrasos ao sair do trabalho. Sua liberdade não mais seria vigiada.
Aquela cervejinha com os amigos após o dia de trabalho, o futebol aos domingos, a TV seria só sua. Tudo isso sem protestos da parte dela.
A comida?
Bem havia tantos lugares para comer que tanto faria ter comida em casa ou não. Aliás, era bem chato ter que ajudar na louça do jantar.
Sexo?
Ora, com tantas mulheres carentes à disposição, tudo seria muito mais simples.
Sua primeira semana de liberdade foi maravilhosa. Fez tudo o que lhe vinha à cabeça; dançou, bebeu, saiu com todo tipo de mulher, espalhou roupa suja pela casa toda, deixou o banheiro molhado depois do banho, cuecas no vaso sanitário, largou sapatos sujos no tapete da sala, etc...
Passada a primeira semana, tudo ficou complicado. Ninguém guardou os sapatos e as coisas espalhados pela casa. Ninguém lavou a pilha monstruosa de louças sobre a pia. O papagaio morreu de sede, ou seria de fome?
- Cadê a pomada pra gonorréia? Malditas putas!
Os amigos de copo viraram uns bêbados chatos e monótonos. Como é que alguém poderia gostar de ficar em bares?
Na terceira semana só havia espaço para lamentações. Como era chato levantar e não ter com quem conversar...
Por falar em acordar, "perdera" a hora de ir para o trabalho pelo menos quatro vezes na semana passada.
É, quem diria que ela faria falta algum dia?
Passou, por coincidência ou não, pelos lugares que costumavam frequentar durante o namoro.
Doeu muito o peso das lembranças, o sorriso dela estava em todo lugar. O brilho daqueles olhos negros o perseguia para onde quer que olhasse.
Os casais passavam ao seu lado abraçados como que zombando de sua tristeza. Via os cabelos negros dela esvoaçando em todas as cabeças que andavam pelas ruas. Sentiu falta de ouvir sua voz, mesmo que fosse para xingá-lo dos piores nomes possíveis.
Desistiu de buscar prazer em outros corpos, só ela sabia como e onde tocá-lo, fazendo com que alcançasse os maiores orgasmos possíveis.
Ah! Se seus olhos estivessem fechados, poderia sentir o cheirinho delicioso da comida feita com todo carinho, mesmo quando chegava fora de hora.
A quarta semana seria decisiva. Ou ela voltava ou ele morreria. Não fazia sentido viver uma vida que não fosse ao lado dela.
Pediu a uma amiga em comum que marcasse o local e a hora do encontro onde diria tudo o que lhe sufocava o peito. Diria o quanto a amava e do vazio que o engolia a cada momento longe de seus braços. Ela definitivamente saberia como ocupar seus espaços vazios.
Falaria de sua estupidez, da falta que ela fazia em sua vida.
Faria dela a mais feliz das mulheres, a cobriria com todo seu amor pra sempre. Nada mais se interporia entre eles. Nada de bar, amigos, mulheres ou bebidas. A TV seria somente dela, inclusive nos finais de semana, mesmo em final de campeonato.
De agora em diante ela daria as cartas do relacionamento.
Colocou sua melhor roupa, comprou as mais belas flores que encontrou no caminho e lá foi ele em direção da felicidade que deixara de ver na rotina da vida a dois. Felicidade que trocara por coisas sem a menor importância, agora podia ver.
Fez questão de recriar o clima do dia em que se conheceram, o mesmo barzinho, a mesma mesa, tudo mais ou menos igual. Enquanto ela não chegava, teve a certeza de que ela foi a melhor coisa que ele fez por ele mesmo.
Ela não veio. A noite terminou e com ela sua esperança de voltar a ser feliz. O dia veio ensolarado e iluminou um rosto onde lágrimas corriam livremente.
No tempo em que estiveram separados ela arranjou um novo amor e estava vivendo feliz ao lado dele.
Isso pelo menos foi bom saber, pois quem ama de verdade quer acima de tudo ver feliz a pessoa amada, mesmo que seja em outros braços.
textos, comentários sinceros, opinião, amor, poesia, pesquisa, contos, internet
segunda-feira, 28 de abril de 2008
sexta-feira, 25 de abril de 2008
amizade
Sincera ou não, é como um farol que guia nossa atitude perante a vida.
As amizades são a forma de você avaliar sua forma de viver e ver a vida.
Bons e honestos amigos significam que você é do bem na aventura da vida.
Péssimos amigos e amigas é você do lado errado da vida...
Nenhum amigo, melhor reciclar sua forma de olhar a vida.
Muitos e bons amigos, parabéns pela sua forma de viver a vida.
Um amigo sincero e verdadeiro, Deus iluminando mais ainda sua vida...
As amizades são a forma de você avaliar sua forma de viver e ver a vida.
Bons e honestos amigos significam que você é do bem na aventura da vida.
Péssimos amigos e amigas é você do lado errado da vida...
Nenhum amigo, melhor reciclar sua forma de olhar a vida.
Muitos e bons amigos, parabéns pela sua forma de viver a vida.
Um amigo sincero e verdadeiro, Deus iluminando mais ainda sua vida...
quinta-feira, 24 de abril de 2008
sujo de sangue
Não fazia sentido lutar. Seus melhores amigos haviam morrido, o sangue deles ainda estava grudado em seu uniforme, em sua pele...
Como tudo havia começado pouco importava. De súbito compreendera ser estupidez lutar e matar pessoas. Fosse qual fosse o motivo, nada deveria ser mais importante que a vida.
Todos os homens e mulheres mortos ao seu redor por pior que fossem não mereciam morrer assim; assassinados!
Tomou sua decisão, não mataria mais ninguém!
Suas mãos já estavam manchadas demais com o sangue alheio!
Se alguém quisesse continuar matando não era problema dele, sua decisão seria inabalável.
Lembrou – se de quando era um simples garoto matriculado num colégio qualquer antes de toda aquela loucura começar. Tudo o que ele queria era um pouco de aventura e uma grana a mais pra comprar um pouco mais de “erva”.
Todos seus amigos alistaram – se para defender a Pátria e matar um pouco de bandidos de um outro País qualquer.
-- Quem é o inimigo?
-- Sei lá, atira em quem tiver uniforme diferente do nosso!
Essa foram as ordens recebidas.
-- Matem todo mundo, depois vamos pegar tudo o que tiver valor e mostrar para as mulheres deles o que é um homem de verdade!
-- Como assim, por que matar as crianças também?
-- Filho de inimigo é inimigo também.
Seu olhar denotava desespero e nojo de si mesmo e de todos os que como ele vivam matando os outros, inimigos da Pátria ou não.
Sua idade? Talvez vinte anos ou menos, pois o rosto envelhecido pelo horror de matar ou morrer esconderia para sempre sua verdadeira aparência.
Pato fora seu último amigo a tombar inerte aos seus pés, um pedaço de seu cérebro, despedaçado por um tiro de grosso calibre, ainda estava grudado em sua farda desgastada pelas pesadas lutas que faziam parte da guerra. Suas lágrimas estavam misturadas ao sangue de vários amigos mortos, ao seu suor e ao próprio sangue.
Sua “erva” já não acalmava os pesadelos, os medos e o ódio pelo absurdo de matar para viver e impor os desejos de sua Pátria à Pátria dos inimigos. Ele só queria poder matar quem o transformara em um morto ambulante, um matador bem mandado, que não fora mandado para questionar e sim para morrer ou matar pela Pátria e os ideais dela, mesmo que não fossem os seus.
Ouviu passos furtivos aproximando – se de onde estava fumando seu “baseado”, pouco lhe importava se eram passos amigos ou inimigos, talvez fosse melhor morrer que matar. Pelo menos os mortos deveriam estar em paz e longe do medo das balas adversárias e, o que é bem pior, do medo da consciência que eternamente lhe cobraria pelas mortes que pesavam em seus ombros.
Os passos não eram de um inimigo ou de um amigo, eram de um garoto assustado e faminto. No rosto do garoto estava estampado o quanto a guerra é cruel. Ele perdera ambas as vistas e tateava pelas paredes destruídas pelas granadas em busca de ajuda e de comida.
O matador de homens chorou mais uma vez ao ver o resultado da luta entre “Pátrias”, pois aquele garoto que nem sabia o que é “Pátria”, perdera a visão e todo seu futuro, pois ou morreria de fome ou despedaçado por uma bomba.
Deu um pouco de sua comida ao garoto, lavou seu rosto e providenciou ataduras para a pequena face marcada para sempre. O garoto não se lembrava de seu nome, só do apelido que lhe deram; Pato.
As lágrimas o garoto não podia ver mas ouvia perfeitamente os soluços de seu benfeitor ao ouvir seu apelido.
O nascer do Sol acordou o matador de homens, ao seu lado estava sua nova e única missão naquela estúpida guerra; o garoto, que seria mantido vivo custasse o que custasse.
Mas o garoto amanhecera morto, não resistindo aos ferimentos sofridos. Seu rosto inerte tinha a serenidade de quem partiu sentindo gratidão.
O matador de homens também preferiu morrer a continuar matando e foi embora para outra vida, onde pediria perdão a todos que matara nesta.
Comente, sua opinião é importante!
Como tudo havia começado pouco importava. De súbito compreendera ser estupidez lutar e matar pessoas. Fosse qual fosse o motivo, nada deveria ser mais importante que a vida.
Todos os homens e mulheres mortos ao seu redor por pior que fossem não mereciam morrer assim; assassinados!
Tomou sua decisão, não mataria mais ninguém!
Suas mãos já estavam manchadas demais com o sangue alheio!
Se alguém quisesse continuar matando não era problema dele, sua decisão seria inabalável.
Lembrou – se de quando era um simples garoto matriculado num colégio qualquer antes de toda aquela loucura começar. Tudo o que ele queria era um pouco de aventura e uma grana a mais pra comprar um pouco mais de “erva”.
Todos seus amigos alistaram – se para defender a Pátria e matar um pouco de bandidos de um outro País qualquer.
-- Quem é o inimigo?
-- Sei lá, atira em quem tiver uniforme diferente do nosso!
Essa foram as ordens recebidas.
-- Matem todo mundo, depois vamos pegar tudo o que tiver valor e mostrar para as mulheres deles o que é um homem de verdade!
-- Como assim, por que matar as crianças também?
-- Filho de inimigo é inimigo também.
Seu olhar denotava desespero e nojo de si mesmo e de todos os que como ele vivam matando os outros, inimigos da Pátria ou não.
Sua idade? Talvez vinte anos ou menos, pois o rosto envelhecido pelo horror de matar ou morrer esconderia para sempre sua verdadeira aparência.
Pato fora seu último amigo a tombar inerte aos seus pés, um pedaço de seu cérebro, despedaçado por um tiro de grosso calibre, ainda estava grudado em sua farda desgastada pelas pesadas lutas que faziam parte da guerra. Suas lágrimas estavam misturadas ao sangue de vários amigos mortos, ao seu suor e ao próprio sangue.
Sua “erva” já não acalmava os pesadelos, os medos e o ódio pelo absurdo de matar para viver e impor os desejos de sua Pátria à Pátria dos inimigos. Ele só queria poder matar quem o transformara em um morto ambulante, um matador bem mandado, que não fora mandado para questionar e sim para morrer ou matar pela Pátria e os ideais dela, mesmo que não fossem os seus.
Ouviu passos furtivos aproximando – se de onde estava fumando seu “baseado”, pouco lhe importava se eram passos amigos ou inimigos, talvez fosse melhor morrer que matar. Pelo menos os mortos deveriam estar em paz e longe do medo das balas adversárias e, o que é bem pior, do medo da consciência que eternamente lhe cobraria pelas mortes que pesavam em seus ombros.
Os passos não eram de um inimigo ou de um amigo, eram de um garoto assustado e faminto. No rosto do garoto estava estampado o quanto a guerra é cruel. Ele perdera ambas as vistas e tateava pelas paredes destruídas pelas granadas em busca de ajuda e de comida.
O matador de homens chorou mais uma vez ao ver o resultado da luta entre “Pátrias”, pois aquele garoto que nem sabia o que é “Pátria”, perdera a visão e todo seu futuro, pois ou morreria de fome ou despedaçado por uma bomba.
Deu um pouco de sua comida ao garoto, lavou seu rosto e providenciou ataduras para a pequena face marcada para sempre. O garoto não se lembrava de seu nome, só do apelido que lhe deram; Pato.
As lágrimas o garoto não podia ver mas ouvia perfeitamente os soluços de seu benfeitor ao ouvir seu apelido.
O nascer do Sol acordou o matador de homens, ao seu lado estava sua nova e única missão naquela estúpida guerra; o garoto, que seria mantido vivo custasse o que custasse.
Mas o garoto amanhecera morto, não resistindo aos ferimentos sofridos. Seu rosto inerte tinha a serenidade de quem partiu sentindo gratidão.
O matador de homens também preferiu morrer a continuar matando e foi embora para outra vida, onde pediria perdão a todos que matara nesta.
Comente, sua opinião é importante!
segunda-feira, 14 de abril de 2008
invenções diferentes...
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Meme: Saiba (quase) tudo sobre mim
O Arthur dono do Blog Via Paralela me repassou este meme de perguntas. Nele você vai saber um pouquinho mais sobre mim.
Por que resolveu criar o Blog?
Esta pergunta já está respondida no meu primeiro post Pra começo de conversa em janeiro de 2008. resumindo, eu não achava o blog um lugar legal pra expor idéias e acabei com o passar do tempo e observando a evolução dos blogs me rendendo ao blog e aqui estou eu compulsivamente escrevendo no blog.
O que te dá mais prazer em Blogar?
Em primeiro lugar o prazer de expor pensamentos e opiniões verdadeiros e deixá-los na rede para as pessoas concordarem ou não através dos comentários.
Em segundo lugar, usar a chance de fazer com que as pessoas reflitam sobre os assuntos abordados de forma mais leve ou profunda dependendo do assunto. é isso.
Indique um blog bom e um blog que você não gosta. Por quê?
Bons blogs você encontra dando uma lida na lateral do meu blog (aliás, eu preciso dar uma atualizada).
Blog que eu não gosto não acredito que exista. Existem blogs que por número elevado de erros da língua ou por alguma confusão na expressão das idéias acabo deixando de lado.
Eu costumo ler blogs me colocando no lugar do autor e tentando captar a intenção...
Qual tipo de música, e quais suas bandas favoritas?
Gosto muito de música brasileira. Na verdade eu gosto de tudo um pouco pois como técnico de som vivo da música e shows. Bandas favoritas; gosto de titãs, ultraje a rigor, legião urbana e por ai afora.
Qual o assunto que você mais gosta de postar?
Na verdade o que me vem à cabeça no momento em que sento à frente do micro. Por incrível que pareça, toda vez que planejo falar de alguma coisa acabo desviando do assunto ou criando dois posts.
Você é: casado, solteiro, separado, enrolado, desquitado, chutado, viúvo ou outros?
Outros
Seaquinevasseceusavaesqui?
Naverdadadeeumudariadaquipoisnãogostodeneve
Por que você deu este nome ao seu blog?
Porque expressa o que tem de conteúdo no blog.
Por que resolveu participar deste meme?
Primeiro porque me foi enviado pelo Arthur, alguém que aprendi a respeitar, segundo porque dá uma chance de falar um pouco a respeito de mim e saber um pouco a respeito de outras pessoas.
FIM.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
em quem confiar?
Depois de algum tempo sem postar, não por falta de assunto, apenas para refletir e cuidar de outras coisas que estavam meio que de lado, andei dando uma lida em coisas que armazeno no computador para ler e reler.
Eis que, dentre muitos textos que recebo por e-mail ou que simplesmente pego na rede, reli o que reproduzo abaixo. O autor não sei quem é, e por esse motivo, não coloco os créditos.
Vamos ao texto:
"* Qual é o capítulo mais curto da Bíblia?
Salmo 117
* Qual o capítulo mais comprido da Bíblia?
Salmo 119
* Qual o capítulo que está no centro da Bíblia?
Salmo 118
* Há 594 capítulos antes do Salmo 118
* Há 594 capítulos depois do Salmo 118
* Se somar estes dois números totalizam 1188
* Qual é o versículo que está no centro da Bíblia?
Salmo 118:8
Esse versículo diz algo importante sobre a perfeita vontade de Deus para nossas vidas. A próxima vez que alguém te disser que deseja conhecer a vontade de Deus para sua vida e que deseja estar no centro da Sua Vontade, indique a ele o centro de Sua Palavra, Salmo 118:8:
"Melhor é colocar sua confiança no Senhor teu Deus que confiar nos homens".
Esse versículo diz algo importante sobre a perfeita vontade de Deus para nossas vidas. A próxima vez que alguém te disser que deseja conhecer a vontade de Deus para sua vida e que deseja estar no centro da Sua Vontade, indique a ele o centro de Sua Palavra, Salmo 118:8:
"Melhor é colocar sua confiança no Senhor teu Deus que confiar nos homens".
Agora, diga, seria uma casualidade isto?"
A verdade está disponível a todos, basta procurar com olhos e mente abertos. reflita e, principalmente use o que aprender durante o curso da vida.
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