Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 8 de março de 2019

Dia das mulheres

 Dia das mulheres.
Seres que sorriem da dor
Que ensinam a maridos
E, também aos filhos
O significado do amor.
Dão colo a todos que amam
Sofrem  e choram
Caem e levantam
Sempre lutam.
Trabalham em casa e na empresa
Sem descuidarem da beleza.
Um batom, uma suave maquiagem
Ou não
A beleza vem do coração.
Transformam medo em coragem
Nos empurram pra frente,
Querem o melhor da gente...
Mudam fácil de humor,
Jamais negam amor.
Amam de longe
Ou bem de perto.
Mulher é amor, isso é certo.
Às vezes ela finge
Que não está nem aí,
Nem te vi...
Mas basta o carinho certo
Pra tudo dar certo.
Te deixam prostrado
E todo suado
Só pra te fazer ver o amor consumado.
Vão dormir às vezes insaciadas
Porém sabem caladas
Que as mãos cansadas
De seu homem
Foram saciadas
E em paz dormem.
Feliz do homem
Que tem uma mulher
Que o elegeu, que o quer.

Jaime 08.03.2019 7:30

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

No Olhar

Um olhar...
Um outro olhar...
Uma promessa no olhar.
Sorriso no olhar.
Amor no olhar.
A vida passando nesse olhar...
Lagrima triste brotando no olhar.
Rancor no olhar.
Separação no olhar.
Vou pra não voltar, diz o olhar.
Desviar pra onde o olhar?
Outro amor olhar?
Esconder o olhar?
Tudo esta no olhar,
Só saber olhar.


Jaime Saldanha 29/09/2016

terça-feira, 8 de março de 2016

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Muito bem, falar da mulher é preciso definir de qual delas se quer falar.
Da Mãe, da Filha, da Esposa, da Companheira, da Amiga, da Coluna que sustenta a relação, da Dona de casa, da Dona do coração, da Guerreira invisível, da que Sangra calada para ver filhos sorrindo, etc...
A Mulher é igual ao homem em quase tudo.
No quesito amor é superior de forma esmagadora.
Quando se torna Mãe, vira um ser maluco capaz literalmente de qualquer coisa por sua cria.
Na sedução fica ainda mais difícil para o homem...
Um olhar, um jogar de cabelos ou um decote bem planejado e lá estamos nós homens babando como bebes que somos e sempre seu colo queremos...
Dedicação é outro setor em que a mulher é destaque absoluto. Trabalha o mesmo tanto de horas que o homem e ainda arruma folego para cuidar do lar e tudo que precisamos como seus bebes crescidos que somos. Depois de tudo isso ainda estão fogosas quando chegamos cheios de amor pra dar.
Gostam de gastar mais do que deveriam mas fazem por merecer...
Como Mães, elas nos empurram para o sucesso ou nos jogam no maior dos poços do fracasso dependendo de como as tratamos.
Perder a mulher amada é para o homem um castigo que pode destrui-lo.
Somos seus bebes crescidos. Do nascimento até a morte sempre dependeremos delas para viver melhor.
Será coincidência que na esmagadora maioria das vezes o homem escolha uma mulher parecida com sua Mãe???
Somos seus bebes crescidos, precisamos de colo, carinho, empurrões, consolo, apoio, sexo, etc...
Se aprendêssemos a amar como amam as mulheres o mundo talvez fosse um lugar muito melhor.
A força do homem aliada à sabedoria da mulher cria o Paraíso na Terra.
Feliz Dia Internacional da Mulher a todas as mulheres de verdade!!!


Jaime Saldanha (08032016).
PS.: somos seus bebes crescidos e precisamos de seu colo sempre

sexta-feira, 12 de junho de 2015

PRA MINHA NAMORADA

Namorar você é bom demais
Te namoro ao vivo, em pensamento.
Calado, falante sereno, ciumento, a todo momento.
Namorar você é bom demais.
Brigas, ciumes queixas...
Tudo fica pra traz quando me beijas.
Tudo fica lindo quando me beijas.
Tudo pega fogo quando me desejas.
Sabe, quero continuar te namorando
Mas, somente por um tempo,
Minha namorada querida,
Um tempo chamado vida.
Pode ser que nos separemos ou não
Pode ser que nos abandonemos ou não.
O que não posso é te esquecer
Você me ensinou a não querer te perder.
Meu presente é melhor com você
Meu passado foi melhor com você
Meu futuro será melhor com você
Meu eu é melhor com você.
Jaime 12/jun/2015 (cheio de vontade...)

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Um Olhar

O olhar,
um certo olhar,
diz mais do que as palavras que podem ser medidas
brecadas ou comedidas pra evitar feridas.
O brilho do olhar,
ao olhar,
fala do que a boca busca ocultar.
Vontade de tocar, ouvir, beijar,
sentir, estar....
É isso que se esconde no olhar
e que é visível a quem sabe olhar.
Profundo o desejo de ocultar
o que não consegue o olhar.
Paixão que pode conjugar
o verbo amar.
Tudo está no olhar,
é só buscar no olhar...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Um dos Caminhos

Eles se conheceram em um barzinho com música ao vivo.
Veio a vontade de estarem cada vez mais juntos após um período em que se conversaram e foram se conhecendo mais.
Não houve nenhum beijo, carícias ou qualquer toque mais prolongado, apenas era maravilhoso conversarem e beberem juntos. Os assuntos eram os mais comuns; filmes, noticiário, livros e experiencias que cada um tinha. Ele tinha 30 anos e ela 16.
Em uma noite ela exagerou na bebida e, por estar com uma saia muito curta, deixou ver mais do que faria se sóbria estivesse. Ele viu e aquilo mexeu muito com seus instintos. Foi necessário todo autocontrole para não ultrapassar os limites que haviam entre eles sem que tivessem combinado.
Ela se mostrava totalmente disponível. Ele procurava desviar o olhar e as intenções...
Quando ela se inclinou para lhe dar um beijo no rosto após uma frase qualquer ele pode ver parte dos belos e pequenos seios dela. O controle ficou ainda mais difícil.
Inventando um compromisso que não existia ele disse que precisava ir. Ela, com os braços em seu pescoço, pediu para dançarem uma música. Ele tentou resistir, precisava ficar longe daquele corpo que até então não despertara seus desejos. Adorava sua companhia mas, até então não a via como mulher e sim como uma pessoa muito boa de se ter por perto.
Cedeu e dançou com ela com a grande maioria das pessoas os olhando com emoções diversas. A maioria achando errado pois a diferença de idade era visível e estavam muito colados durante a dança.
Ele queria fugir dali de qualquer jeito e a chamou para ir pra fora. Ela aceitou e, abraçando-o bem forte, saiu agarrada a ele como se temesse que evaporasse de seus braços.
Deixaram o bar com a maioria dos olhares em suas costas. Caminharam até o ponto de ônibus, com ela cada vez mais colada no corpo dele e ele cada vez mais preocupado em se controlar. Dizia a si mesmo que era a bebida que estava comandando as atitudes dela e os pensamentos e desejos dele.
O ônibus dela veio primeiro, ela sequer fez menção de entrar, embora ele desse sinal e o veículo parasse. Quando veio o dele ela não o deixou entrar. Já era tarde e ficaria perigoso estarem ali, ele tentou argumentar ao que ela rebateu dizendo que estarem juntos era mais importante que tudo.
Ela tentou beijá-lo nos lábios, ele fugiu. Ela abraçada a ele, juntou mais ainda seus quadris, sentindo a excitação que ele já não podia mais esconder ou resistir.
Ofegante ele a beijou como nunca havia beijado alguém, suas mãos acariciando o corpo dela com sofreguidão. A eletricidade entre os dois iluminaria uma cidade inteira tamanha era a intensidade.
Havia um prédio em construção próximo ao ponto de ônibus e foi lá que fizeram amor até saciarem seus corpos cada vez mais sedentos um do outro. Ela com restos de sangue ainda nas pernas, ele com todo desejo e culpa do mundo, pegaram um táxi e foram para um hotel. Após três dias sem verem a luz do sol e mal se alimentarem, decidiram que era hora de sair dos braços um do outro.
Ele a deixou em casa e seguiu rumo a sua após longo e apaixonado beijo.
Os pais da menina o acusaram de pedofilia e abuso sexual de menor.
Ela protestou, chorou e ele foi preso.
Na cadeia ele foi agredido até a morte pelos outros detentos que, devido a uma gorda propina oferecida pelo pai da menina, foram informados pelo carcereiro tratar-se de um maníaco sexual.
Ela abandonou a casa dos pais e foi morar nas ruas, buscando a morte sem coragem de cometer suicídio. Passou a usar drogas, beber até perder a consciência, sofreu todo tipo de abuso e cometeu vários pequenos delitos.
Sonhava todo dia em estar nos braços daquele que não deixava de amar mesmo estando morto. Ele podia ter morrido para todos, não para ela. Queria matar os pais mas não tinha coragem, queria morrer mas não conseguia...
Um dia, não tendo onde dormir, decidiu ficar em uma igreja. Por volta de três horas da manhã acordou com uma luz intensamente azul e viu dentro dela um vulto. Julgou ser seu amado que vinha buscá-la e se aproximou dela. Um homem de mais ou menos 30 anos com barba até o peito e totalmente vestido de linho branco sorriu para ela, que não conseguia se mexer.
Aquele sorriso fez instantaneamente pararem suas dores, até a fome passou...
A voz não saia da boca, parecia sair de sua imaginação:
- Seu sofrimento termina hoje! Preciso de você, filha do meu amor!
Ela não conseguia falar. Como poderia portador de tanta paz, amor, caridade e tudo que há de bom precisar dela, se só o seu sorriso lhe dava vontade de viver?
Ele, como que ouvindo seus pensamentos, respondeu:
- Preciso de você, filha do meu amor, para contar aos que já esqueceram de que os amo e pedir novamente que amem aos outros como a si mesmos e a Deus sobre todas as outras coisas. São esses os pedidos e as leis que pedi que seguissem antes de me crucificarem mas a maioria já me esqueceu para seguirem outros homens que os escravizam usando a mensagem que deixei.
- Filha do meu amor, seu sofrimento chegou a mim como uma oração verdadeira e estou aqui.
- Suas lágrimas prepararam um caminho de luz que muitos poderão percorrer se você permitir.
Ela, aos prantos, disse:
- Você deve estar enganado. Existem tantas mulheres nas igrejas orando todos os dias, por que eu, que nem lembro de rezar?
- O amor verdadeiro é a maior chave para abrir as portas do céu e você o tem dentro de si. Isso já me bastaria, mas você é uma das minhas escolhidas. Eu não escolho os preparados, preparo os escolhidos.
O sorriso veio dos lábios dele de novo e a luz a banhou por inteiro.
Ela acordou pela manhã com o padre olhando para seu rosto com fisionomia brava e, ao mesmo tempo acolhedora.
Até sua morte ela se dedicou a espalhar o amor que havia recebido e que se multiplicava cada vez mais. Perdoou os pais, os assassinos de seu amado e todos os que dela abusaram e, em paz, viveu para os outros até voltar ao Criador de tudo e de todos. 

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

o quarto

A espera sufocava seu peito.
Ele viria com certeza, disso estava consciente, o problema era a espera...
Cada minuto parecia uma vida passando de forma lenta e angustiante. A cada passo ouvido no corredor do apartamento onde dividiam horas de puro desejo e carícias acelerava seu apertado coração.
Todas as pessoas chegavam e ele não vinha. Já eram 11:30 e nada.
O telefone estava ao seu alcance mas não podia ligar pois ele poderia estar com ela...
O amor bandido que viviam era maravilhoso e cheio de angustias.
O prazer e a culpa andavam juntos. O peito ardendo em desejos e a mente acusando as culpas de um amor dividido.
Queria poder sair ilesa da relação, sumir da vida dele ou nunca ter estado nela. O desejo sempre vencendo e o fim da relação cada vez mais distante.
Novos passos, a maçaneta da porta girando, o coração junto num misto de medo e desejo. O sorriso dele naquele momento justificou tudo, a demora, a incerteza e a culpa deram lugar ao bem que sua presença lhe trazia. Um segundo depois estavam rolando nos braços um do outro fazendo amor como se nada mais importasse.
O suor escorrendo pela pele dele era como um conjunto de rios que a levavam a mares de puro prazer quando seus corpos mais uma vez viravam um.
Nada poderia ser mais importante que viver estes momentos. Poderia morrer no instante seguinte e teria valido a pena...
O celular dele tocou e a realidade atingiu seu mundo perfeito. Era ela, a esposa, do outro lado da linha cobrando o horário e os deveres conjugais.
Sem poder ocultar as lágrimas, o viu vestindo as roupas de forma apressada pra mais uma vez ir embora dos seus braços.
Outra noite de insônia em companhia da incerteza e da culpa.
O novo dia chegaria e tudo recomeçaria...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Para Ser Mais Feliz

Amar mais do que te pedirem
Frear os lábios para não mentirem...
Sorrir, mesmo para os que te traem.
Chorar de alegria
Apenas por ver nascer um novo dia
Ajudar a se realizarem sonhos
Andar com amor no falar e nos olhos.
Oferecer sempre os ombros
Parar para ouvir o que lhe dizem os outros
Policiar os atos e pensamentos
Externar bons sentimentos...
Perdoar e pedir perdão!
Olhar e ver que o outro é seu querido irmão.
Repartir o carinho e o pão.
Guardar o que é bom escutar
Toda reclamação ou queixa calar.
Deixar a tristeza partir
Convidar a alegria a vir!
Dedicar batante tempo para o ato de sorrir.
Olhar os filhos dos outros como seus
Lembrar que todos somos filhos de Deus!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Seu dia Mãe

Hoje é o dia dedicado a todas as Mães.
Sim, hoje é o seu dia, mulher que deu permissão a seus filhos para ocuparem seu ventre e nele começarem a viver em nosso meio.
Por mais brilhantes ou insignificantes que sejam, todos os homens e mulheres precisam de uma Mãe que lhes empreste o corpo para que nele possam desenvolver suas vidas. Depois, ao nascermos, precisamos mais ainda de você, Mãe, para nos alimentarmos, para aprendermos a língua do local onde viveremos, para dar os primeiros passos. Seu colo e seu carinho é que determinam o quanto seremos capazes de suportar as dificuldades da vida, pois quem tem o verdadeiro carinho de Mãe sabe o que é ser amado por alguém incondicionalmente.
O pior dos bandidos é o filho querido para sua Mãe, não que ela concorde com suas atitudes, mas o amor incondicional perdoa tudo e sempre ampara mesmo que seu coração fique aos pedaços. Para as Mães de verdade seus filhos são o único e o maior tesouro que a vida pode lhes dar. São a razão de seu viver.
Só as Mães sabem tudo a respeito do amor verdadeiro.
A Mulher deixa de ser um ser comum quando dá a luz a uma criança. Tudo muda. Ela vira um ser muito melhor pois será o instrumento de Deus, auxiliando para toda a vida este pequenino porém muito importante lampejo divino.
Ela passará fome, negará a si mesma, lutará até mesmo contra a razão, enfim, dará tudo de si para que o pequenino ser seja o mais feliz dos seres viventes.
Mãe é um tesouro que muitas vezes nem notamos que temos, pois ela se anula para que brilhemos, ela abdica para que reinemos, cala para que falemos até mesmo coisas que a magoem profundamente, ela se preciso, até morreria para que vivêssemos. Quem tem Mãe tem um tesouro, quem não a tem é que sabe o quanto faz falta o amor materno.
O maior de todos os homens sequer teria nascido se não fosse por intermédio de sua Mãe, Pense nisso ao criticar ou julgar este Ser tão maravilhoso.
Mães são a Luz Divina que iluminam a vida na Terra, nossa grande Mãe.
A saudade de uma Mãe que voltou para os braços de Deus deixa um vazio tão grande no peito que somente muitas lágrimas conseguem expressar um pouco da dor da perda.
Abrace sua Mãe e diga em vida o quanto a ama por tudo que ela representa, tansforme em palavras o seu sentimento pois, quando ela partir, você com certeza sempre achará que não disse tudo que deveria nem fez tudo que gostaria de fazer por ela.
Sua Mãe receberá o maior dos presentes se você abraçá–la e lhe disser o quanto a ama. Com certeza nenhum outro presente terá tanta importância para ela.
Demonstre seu amor a quem sempre te amará não importando se você se der bem ou não na vida.
Quem tem Mãe tem um pedaço do ceu na Terra.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

separados

Sem nada dizer ela se foi. A casa ficou maior, tudo era só dele.
Não haveria mais necessidade de discussões. Nada de ter de arranjar desculpas para os atrasos ao sair do trabalho. Sua liberdade não mais seria vigiada.
Aquela cervejinha com os amigos após o dia de trabalho, o futebol aos domingos, a TV seria só sua. Tudo isso sem protestos da parte dela.
A comida?
Bem havia tantos lugares para comer que tanto faria ter comida em casa ou não. Aliás, era bem chato ter que ajudar na louça do jantar.
Sexo?
Ora, com tantas mulheres carentes à disposição, tudo seria muito mais simples.
Sua primeira semana de liberdade foi maravilhosa. Fez tudo o que lhe vinha à cabeça; dançou, bebeu, saiu com todo tipo de mulher, espalhou roupa suja pela casa toda, deixou o banheiro molhado depois do banho, cuecas no vaso sanitário, largou sapatos sujos no tapete da sala, etc...
Passada a primeira semana, tudo ficou complicado. Ninguém guardou os sapatos e as coisas espalhados pela casa. Ninguém lavou a pilha monstruosa de louças sobre a pia. O papagaio morreu de sede, ou seria de fome?
- Cadê a pomada pra gonorréia? Malditas putas!
Os amigos de copo viraram uns bêbados chatos e monótonos. Como é que alguém poderia gostar de ficar em bares?
Na terceira semana só havia espaço para lamentações. Como era chato levantar e não ter com quem conversar...
Por falar em acordar, "perdera" a hora de ir para o trabalho pelo menos quatro vezes na semana passada.
É, quem diria que ela faria falta algum dia?
Passou, por coincidência ou não, pelos lugares que costumavam frequentar durante o namoro.
Doeu muito o peso das lembranças, o sorriso dela estava em todo lugar. O brilho daqueles olhos negros o perseguia para onde quer que olhasse.
Os casais passavam ao seu lado abraçados como que zombando de sua tristeza. Via os cabelos negros dela esvoaçando em todas as cabeças que andavam pelas ruas. Sentiu falta de ouvir sua voz, mesmo que fosse para xingá-lo dos piores nomes possíveis.
Desistiu de buscar prazer em outros corpos, só ela sabia como e onde tocá-lo, fazendo com que alcançasse os maiores orgasmos possíveis.
Ah! Se seus olhos estivessem fechados, poderia sentir o cheirinho delicioso da comida feita com todo carinho, mesmo quando chegava fora de hora.
A quarta semana seria decisiva. Ou ela voltava ou ele morreria. Não fazia sentido viver uma vida que não fosse ao lado dela.
Pediu a uma amiga em comum que marcasse o local e a hora do encontro onde diria tudo o que lhe sufocava o peito. Diria o quanto a amava e do vazio que o engolia a cada momento longe de seus braços. Ela definitivamente saberia como ocupar seus espaços vazios.
Falaria de sua estupidez, da falta que ela fazia em sua vida.
Faria dela a mais feliz das mulheres, a cobriria com todo seu amor pra sempre. Nada mais se interporia entre eles. Nada de bar, amigos, mulheres ou bebidas. A TV seria somente dela, inclusive nos finais de semana, mesmo em final de campeonato.
De agora em diante ela daria as cartas do relacionamento.
Colocou sua melhor roupa, comprou as mais belas flores que encontrou no caminho e lá foi ele em direção da felicidade que deixara de ver na rotina da vida a dois. Felicidade que trocara por coisas sem a menor importância, agora podia ver.
Fez questão de recriar o clima do dia em que se conheceram, o mesmo barzinho, a mesma mesa, tudo mais ou menos igual. Enquanto ela não chegava, teve a certeza de que ela foi a melhor coisa que ele fez por ele mesmo.
Ela não veio. A noite terminou e com ela sua esperança de voltar a ser feliz. O dia veio ensolarado e iluminou um rosto onde lágrimas corriam livremente.
No tempo em que estiveram separados ela arranjou um novo amor e estava vivendo feliz ao lado dele.
Isso pelo menos foi bom saber, pois quem ama de verdade quer acima de tudo ver feliz a pessoa amada, mesmo que seja em outros braços.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

amizade

Sincera ou não, é como um farol que guia nossa atitude perante a vida.
As amizades são a forma de você avaliar sua forma de viver e ver a vida.
Bons e honestos amigos significam que você é do bem na aventura da vida.
Péssimos amigos e amigas é você do lado errado da vida...
Nenhum amigo, melhor reciclar sua forma de olhar a vida.
Muitos e bons amigos, parabéns pela sua forma de viver a vida.
Um amigo sincero e verdadeiro, Deus iluminando mais ainda sua vida...

domingo, 16 de março de 2008

lágrimas

correm de forma que não podemos deter.
o rosto fica molhado
e o peito aliviado...
tão poderosas quanto molhadas elas devem correr.
lágrimas de alegria, tristeza, melancolia,
lágrimas que correm às vezes, que correm todo dia...
na lágrima derramada está a beleza do ser,
nenhum de nós suas lágrimas devia esconder.
não te peço para toda hora chorar,
só chore as lágrimas que no peito queria sufocar.
lágrimas não são para se armazenar...


comentário é bom e eu gosto

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

sexo

Algo cheio de prazer ou pecaminoso, depende da forma como se enxerga a coisa.
O sexo é a melhor brincadeira que o ser humano tem à sua disposição.
Variadas posições e preferências, com graves ou deliciosas consequências, com amor, sem prudência, animal ou calmo, em qualquer lugar ou na cama...
Sexo transforma dois em um por alguns momentos.
Prazer de dar e receber, pecado é pensar que sexo é pecado, porém, sexo exige cuidado ao escolher, ao praticar, ao evitar, ao exagerar...
Sexo é fundamental para manter a chama do amor.
Sexo é o tempero da relação.
Sexo é a explosão da reação quimica que outra pessoa nos causa e não sabemos explicar.
Quem já provou e gostou não consegue parar e quem não provou deve experimentar.
Sexo é um momento sem igual, quando dois vibram juntos o prazer de chegar lá, dá pra ver na pele e nos pelos. O corpo pede mais e quer dar mais.
Às vezes sexo é trauma, ou foi feito de forma errada ou com a pessoa errada. O melhor é tentar de novo até acertar...
Sexo é tudo isso e muito mais, só pode saber quem sabe dar e receber prazer....

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Cíume

Era tarde para fugir, ele bem o sabia. Os dois corpos jaziam inertes no quintal para atestar sua convicção.
Fazia algum tempo que suspeitava ser traído por ela. Inicialmente não quisera acreditar, mas suas atitudes eram cada vez mais suspeitas, um sorriso distante, nenhuma preocupação com os horários de chegada dele no lar de ambos e muitas outras pequenas coisas que, no início ele não dera a devida importância.
Certa feita, ao chegar em casa mais cedo, a pegou conversando ao telefone sobre posições e modos de praticar sexo, quis ouvir mais pensando ser com alguma amiga que ela conversava, mas, sua palidez ao vê-lo foi reveladora...
--Com quem você estava falando, disse ao vê-la desligar o telefone apressadamente.
--Com, com, com uma amiga, titubeou ela.
--Qual amiga?
--A janta está pronta, disse ela, mudando de assunto.
Tantas foram as vezes em que as atitudes dela lhe causaram desconfiança que o ciúme começou a morar em seu peito no lugar do machismo que antes lhe dizia que ela não encontraria ninguém melhor que ele em sua vida.
Começou a procurá-la sexualmente mais vezes no mês. A proibiu de usar roupas decotadas ou que mostrassem suas belas pernas. Olhava sempre discretamente o conteúdo de suas bolsas e pacotes.
O demônio do ciúme foi tornando-se cada vez maior e mais forte em seu peito, já não dormia direito e a cobria com toda espécie de desconfianças e perguntas. Dera vexame em vários locais públicos em que estiveram juntos por achar que ela estava olhando para alguém.
A coisa foi ficando pior à medida que o tempo passava. Um dia, ele saiu cedo do serviço e a encontrou conversando com um homem no portão de sua casa. Chegou irado e, só não agrediu a ambos por se tratar de seu irmão mais velho que resolvera visitá-los sem aviso. Sentiu vergonha de si mesmo. Gostaria de lhe pedir perdão, mas não o fez.
Tantas foram as outras vezes que ela cansou e quis a separação, pois já não agüentava mais tanta briga e desconfiança. Ele a agrediu violentamente e garantiu que ela só sairia da vida dele morta.
O clima de terror estava instalado definitivamente em suas vidas. Ele saia para trabalhar e a deixava presa em casa. O telefone foi desligado e o contato com familiares de ambos foi cessado. Ela virou prisioneira de seu próprio lar e ainda era obrigada a servi-lo sexualmente de todas as formas que sua imaginação agora doentia inventava.
--Era assim que eles faziam com você, piranha? Dizia entre um tapa e outro durante o coito forçado.
Não vendo como fugir da situação, por várias vezes ela pensou em dar fim à própria vida para fugir, chegou a tentar, mas ele chegou em tempo de estancar o sangue que fluía aos borbotões de suas veias rasgadas na altura dos pulsos.
Após o tratamento improvisado por ele, vieram as pancadas e a certeza de que o inferno seria eterno.
Após um longo período de agressões e confinamento, surgiu uma pequena esperança; os irmãos dele vieram ver porque eles não iam mais às reuniões de família.
Com a sagacidade que a loucura dá, ele os convenceu de que ela estava desequilibrada e ainda mostrou seus pulsos cortados e os hematomas pelo corpo dela para comprovar sua versão de que ele tudo faria para que a mulher amada não fosse internada ou se matasse.
Com pena dele e pressa de pegar o ônibus, nenhum deles deu importância às lágrimas que corriam de seus olhos. Naquela noite ela apanhou muito mais, pois ele achou que ela queria “dar” para seus irmãos. Seus gritos foram sufocados pelo som ligado bem alto. Pior de tudo era ser estuprada depois de apanhar e ser forçada a gemer alto fingindo sentir prazer pra não apanhar mais...
Um dia, depois de muito beber, ele exagerou na surra diária que ela “merecia por ser tão puta”. Dois dentes quebrados e o desmaio proveniente de um soco que prensou sua cabeça contra a parede.
Ele achou que a havia matado. O sangue não parava de jorrar e ela não acordava...
Em desespero, saiu para pedir ajuda de um amigo de confiança, na pressa, esqueceu de fechar as portas e quando voltou com o amigo, não a encontrou...
A vadia havia fugido com algum amante, sua mente doentia ficava lhe dizendo. O amigo, ao ver tanto sangue, quis saber a verdade, pois não acreditou que tinha sido um assalto o que ocorrera naquele lugar. A curiosidade lhe custou a vida, pois para não ser descoberto ele acabou matando o amigo com algumas facadas.
Em sua mente, ela havia fugido e estaria nos braços de seu amante com certeza e não voltaria mais para o lar dos dois.
O primeiro dos policiais que entrou na casa acabou por levar duas facadas e estava prestes a levar mais uma quando os outros entraram no local e ameaçaram atirar caso a faca não fosse jogada bem longe.
Era questão de minutos para começarem os tiros, ele havia ferido um policial e isso não ficaria impune.
Sua mente tentava achar uma saída e em sua mão estava a faca ensangüentada em atitude ameaçadora.
Aqueles imbecis não entendiam que a vítima era ele? Ela o traíra. Ele só a estava castigando por que ela merecia. E, se nunca a pegara em flagrante, ele tinha certeza e isto bastava...
Foi quando, olhando um pouco mais à direita, a viu amparada por um policial e o vizinho que os havia chamado. A vadia estava logo com dois bem ali na sua frente. Isso só poderia ser vingado com a morte bem lenta, lhe dizia a mente doente e, sem pensar em mais nada arremeteu na direção da traidora para exterminá-la e aos seus novos amantes. O primeiro disparo o atingiu na altura do peito e ele foi jogado de costas no chão. Levantou-se sem entender porque não podia lavar sua honra em paz e continuou na direção dela, sendo atingido agora por vários projéteis.
Com o sangue escorrendo de vários buracos pelo corpo e sentindo a vida lhe escapar, balbuciou:
-- Eu te amo, vagabunda! E, com um filete de sangue escorrendo no canto da boca, morreu.

Ps.: este texto eu escrevi há alguns anos, mas a coisa ainda me parece atual.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

poesia diferente

Os contrários, ainda que contraditório

Fatalmente se atraem.

Lutam um contra o outro mas fatalmente se atraem.

Por mais que nos pareça infinitamente contraditório...

Querer um padrão de comportamento entre ódio e amor,

Eis o que realmente causa o sofrimento e a dor.

No amor e no ódio não há padrão e sim obsessão.

Só há um objeto, amado ou abjeto.

A fúria ou a calmaria, o ódio ou a alegria uma coisa só são!

Longe ou perto o sentimento equidistante e repleto

De dúvidas ou meias verdades!

Às vezes inimigos hoje amanhã viram caras-metades.

Ou não, amantes viram inimigos quando termina

O que não deveria ter começado.

Ela e Ele são diferentes até no sexo,

Taí algo que torna tudo ainda mais complexo!

E quando são do mesmo sexo?

Será sem problemas quando são iguais?

É muito claro que não, entre iguais é contramão!

São perseguidos, até odiados, pela contradição.

Quais são os errados e quem são os normais?

Se no campo da paixão quem manda não é o cérebro

E sim o coração?

Mas, isso é mais uma contradição, pois quem manda é o cérebro

E não o coração!

É, se o bom é o diferente, por que enlouquece tanta gente?

Por que tentar fazer alguém diferente gostar da gente?

Seria mais simples gostar de quem gosta da gente,

Mas, o gostoso é gostar do que é diferente!!!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

É, a coisa vicia...

Dois ou mais dias sem postar nada, só as mudanças fizeram parte do meu ser.
Uma hora era o AdSense que não cabia no template, outra hora era a barra de pesquisa do google que não encaixava. Outra hora eu perdido e voltando ao começo...
Foram vária tentativas, erros e acertos e alguma coisa deixada pra depois.
A vitrine do Jacotei foi um drama à parte para dimensionar (ficou um tanto 'improvisation' enquanto não resolvo...).
O mercado livre já conheço e tenho usado em outros sites há bom tempo, não deu trabalho...
Os Blogs Templates para Novo Blogger e Interney.net mais uma vez foram de grande ajuda, principalmente o Templates para Novo Blogger.
A coisa saiu, ainda não estou totalmente convencido mas saiu.
Não aguento mais ver falar de HTML... Por enquanto...
Prometo tentar não mudar muito o que já fiz e vou tentar deixar mais leve o carregamento do Blog.
Agora deverei ficar um tanto longe da coisa, pelo menos até dia 05/02/08 quando volto do carnaval (irei a trabalho). Provavelmente no lugar que ficarei dificilmente será possivel postar algo e tem também o horário de trabalho que é um pouco longo, sem falar das cervejas que, agora sei fazerem bem pra saúde, com certeza irei tomar.
Muito creio ter feito do dia 11/ jan/2008 até aqui. Muito mais com certeza está por vir pois a coisa entrou no sangue de vez.
Antes de viajar já estou com saudade de postar ou mudar alguma coisa no Blog, espero que o conteúdo agrade e dê algum lucro, é claro.
Por agora, é isso!!!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Sampa


“Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruzo a Ipiranga com a avenida São João”
Nas mãos do poeta Caetano Veloso a caneta definiu
O calafrio que percorre a espinha de quem por viver em São Paulo decidiu.
No cruzamento por onde tanta coisa é decidida,
Onde muitos e muitas correm atrás da comida...
Os prédios de cores variadas escondem a beleza e a tragédia
De lutar pelo pão de cada dia.
O medo de partir para o trabalho e não voltar
De não ter tempo nem condições para estudar...
A família distante o destino incerto, no peito aberto
A saudade de casa sangra a cada não ao emprego pretendido.
Os rostos são cheios de pressa de ir pra lá e pra cá sem saber pra onde
Viver assim, como é que pode?
“Narciso acha feio
O que não é espelho”
Novamente a caneta do poeta define com precisão o que sente
Aquele que é acostumado em sua terra a ser tratado como gente
A receber e dar bom – dia ao vizinho,
Receber, se tem fome, a comida e sempre o carinho
A coisa aqui é diferente, mexe com a gente
Poucas são as flores naturais
Aqui tem concreto demais...
Com o tempo vem o entendimento
De que nem tudo é de ferro e cimento.
As coisas que não se vê no primeiro e assustado olhar
Acabam por um novo mundo descortinar
É só não se desorientar na busca
Que, de repente, a vista acha a beleza
E acaba o espaço pra tristeza
E a alegria de conseguir vir, ver e vencer
Só é superada pelo compreender que São Paulo é chance de aprender
Com as maiores diferenças conviver
E por mais que você corra,
Seja no cafezinho que você mal prova
Seja no carinho que você não tem tempo de fazer
E muito menos de receber
Sempre haverá a chance de vencer o dragão
De mudar o sentimento de solidão.
Tanta beleza escondida, tanto mistério a decifrar
Que provavelmente nunca mais para seu torrão o viajante quererá voltar
Sampa te amo como tu és,
Fria, nublada, de concreto, cimento sob meus pés...
Mas acima de tudo te amo por que tu me das
A vontade e o desafio de te mudar,
Mesmo sabendo que é você quem irá me moldar.