“Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruzo a Ipiranga com a avenida São João”
Nas mãos do poeta Caetano Veloso a caneta definiu
O calafrio que percorre a espinha de quem por viver em São Paulo decidiu.
No cruzamento por onde tanta coisa é decidida,
Onde muitos e muitas correm atrás da comida...
Os prédios de cores variadas escondem a beleza e a tragédia
De lutar pelo pão de cada dia.
O medo de partir para o trabalho e não voltar
De não ter tempo nem condições para estudar...
A família distante o destino incerto, no peito aberto
A saudade de casa sangra a cada não ao emprego pretendido.
Os rostos são cheios de pressa de ir pra lá e pra cá sem saber pra onde
Viver assim, como é que pode?
“Narciso acha feio
O que não é espelho”
Novamente a caneta do poeta define com precisão o que sente
Aquele que é acostumado em sua terra a ser tratado como gente
A receber e dar bom – dia ao vizinho,
Receber, se tem fome, a comida e sempre o carinho
A coisa aqui é diferente, mexe com a gente
Poucas são as flores naturais
Aqui tem concreto demais...
Com o tempo vem o entendimento
De que nem tudo é de ferro e cimento.
As coisas que não se vê no primeiro e assustado olhar
Acabam por um novo mundo descortinar
É só não se desorientar na busca
Que, de repente, a vista acha a beleza
E acaba o espaço pra tristeza
E a alegria de conseguir vir, ver e vencer
Só é superada pelo compreender que São Paulo é chance de aprender
Com as maiores diferenças conviver
E por mais que você corra,
Seja no cafezinho que você mal prova
Seja no carinho que você não tem tempo de fazer
E muito menos de receber
Sempre haverá a chance de vencer o dragão
De mudar o sentimento de solidão.
Tanta beleza escondida, tanto mistério a decifrar
Que provavelmente nunca mais para seu torrão o viajante quererá voltar
Sampa te amo como tu és,
Fria, nublada, de concreto, cimento sob meus pés...
Mas acima de tudo te amo por que tu me das
A vontade e o desafio de te mudar,
Mesmo sabendo que é você quem irá me moldar.
Que só quando cruzo a Ipiranga com a avenida São João”
Nas mãos do poeta Caetano Veloso a caneta definiu
O calafrio que percorre a espinha de quem por viver em São Paulo decidiu.
No cruzamento por onde tanta coisa é decidida,
Onde muitos e muitas correm atrás da comida...
Os prédios de cores variadas escondem a beleza e a tragédia
De lutar pelo pão de cada dia.
O medo de partir para o trabalho e não voltar
De não ter tempo nem condições para estudar...
A família distante o destino incerto, no peito aberto
A saudade de casa sangra a cada não ao emprego pretendido.
Os rostos são cheios de pressa de ir pra lá e pra cá sem saber pra onde
Viver assim, como é que pode?
“Narciso acha feio
O que não é espelho”
Novamente a caneta do poeta define com precisão o que sente
Aquele que é acostumado em sua terra a ser tratado como gente
A receber e dar bom – dia ao vizinho,
Receber, se tem fome, a comida e sempre o carinho
A coisa aqui é diferente, mexe com a gente
Poucas são as flores naturais
Aqui tem concreto demais...
Com o tempo vem o entendimento
De que nem tudo é de ferro e cimento.
As coisas que não se vê no primeiro e assustado olhar
Acabam por um novo mundo descortinar
É só não se desorientar na busca
Que, de repente, a vista acha a beleza
E acaba o espaço pra tristeza
E a alegria de conseguir vir, ver e vencer
Só é superada pelo compreender que São Paulo é chance de aprender
Com as maiores diferenças conviver
E por mais que você corra,
Seja no cafezinho que você mal prova
Seja no carinho que você não tem tempo de fazer
E muito menos de receber
Sempre haverá a chance de vencer o dragão
De mudar o sentimento de solidão.
Tanta beleza escondida, tanto mistério a decifrar
Que provavelmente nunca mais para seu torrão o viajante quererá voltar
Sampa te amo como tu és,
Fria, nublada, de concreto, cimento sob meus pés...
Mas acima de tudo te amo por que tu me das
A vontade e o desafio de te mudar,
Mesmo sabendo que é você quem irá me moldar.
Realmente tem tudo a ver com o que sente quem vem suar por aqui
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