A cabelereira Roberta Goes Luiz, 30 anos, perdeu a guarda de um bebê de 11 meses adotado por ela e seu companheiro. O Tribunal de Justiça acolheu o recurso do Ministério Público que pediu a retirada da guarda da criança por considerar o casal, residente na cidade de São José do Rio Preto, “anormal”.Segundo o Promotor Cláudio Santos Moraes, a criança não levaria uma vida “normal” sem a presença de um pai e de uma mãe. Alegou, ainda, que a criança poderá ficar revoltada quando descobrir que foi criada por uma família homossexual. “É uma convicção minha. Uma família normal tem mãe mulher e pai homem. Roberta é homem. Uma criança não pode viver neste ambiente, precisa de uma família decente. O dia em que eu, como promotor, não puder fazer prevalecer minha convicção, desisto”, disse o promotor ao jornal Bom Dia de São José do Rio Preto.A guarda provisória havia sido autorizada pela Justiça de São José do Rio Preto com base em laudo psicossocial. O Promotor não satisfeito com a decisão entrou com recurso ante o Tribunal, requerendo a retirada da guarda provisória. Após a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, a criança foi enviada para um abrigo onde permanecerá até ser determinada com quem ficará a guarda definitiva.Roberta passou por uma cirurgia de mudança de sexo após se submeter a uma série de exames multidisciplinares (avaliações psicológicas, psiquiátricas, físicas etc), sem conseguir ainda, entretanto, mudar o seu sexo nos documentos pessoais.
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minha opinião:
É necessário ver até que ponto o bebê estará sendo preservado e até que ponto está havendo preconceito por parte do Tribunal. É claro que não se trata de uma família normal, e a criança correrá riscos de problemas comportamentais no futuro. E o presente da criança como fica?Todos sabemos que instituições públicas não são os melhores lugares pra se viver. Cabe aqui uma escolha que está acima de qualquer preconceito ou conceito, se preferirem, qual destino dar à criança; um lar potencialmente perigoso para o emocional ou lar nenhum. Talvez seja melhor dar uma chance ao casal tão diferente de oferecer carinho e um lar para quem não tem nada de bom no futuro presente. Quanto aos prováveis desvios de comportamento, eles acontecem nas melhores e mais normais famílias. Penso que caberá à criança decidir quando estiver apta suas preferências, inclusive no campo sexual. É claro que a Justiça deve acompanhar e proteger a criança até que a mesma possa defender-se por ela mesma.
Qual sua opinião???
Pois é, ficou mais que claro que a negação se deve à história de vida do promotor que "segundo sua criação" um casal normal é feito por um homem uma mulher.
ResponderExcluirNão está em questão o amor e cuidado que a transexual já proporcionou e pretende continuar a proporcionar a essa criança.
Muito triste isso.
Ainda bem que não estamos na idade média ou o casal iria para a fogueira se dependessem do promotor.
ResponderExcluirNão se trata aqui de fazer uma apologia ou preconceito ao homossexualismo e sim de dar uma chance ao casal e à criança de ao menos tentarem.