Somente pode entender, mesmo assim parcialmente, a dor dos outros quem passou por alguma dor.
A perda de um ente querido, a saudade de um grande amor que se foi são exemplos.
Quem tem uma régua para medir dor e sentimentos?
Quem pode aquilatar o que os outros sentem?
Está exagerando quem chora a morte de alguém?
Para quem vivencia a dor ela não parece ter fim. Qual o momento certo para superar, se cada ser difere dos demais?
A dor física é, na maioria das vezes, superada ou abrandada com remédios, a espiritual tem remédio?
E os que não choram quando perdem alguém amado para a morte, nada sentem?
Muitas questões para resumir o que não pode ser dimensionado, pois o sentir é exclusivo de cada ser.
Julgar ou pre julgar o que o outro sente nos leva a cometer erros em relação aos sentimentos dos outros. Nem sempre estaremos sendo justos pois não temos como medir de forma correta o sentir.
Na era em que tudo é depressão ou stress, o diagnostico é dado antes de se ouvir o paciente. Ou a pessoa está estressada ou depressiva. Basta que se veja parte do que ela está passando...
O todo de uma pessoa deveria ser analisado, corpo, mente e espírito.
Qual o médico que pode tratar da causa e do sintoma concomitantemente?
Se somos limitados quanto a medir o que o outro sente, usamos nossa forma de ver as coisas para medir, como poderemos avaliar e ajudar quem sente dor?
A fé é um remédio universal?
Duas pessoas de uma mesma religião interpretam de forma diferente um mesmo ensinamento, seja na leitura ou na aplicação do mesmo.
Onde um vê um caminho outro vê outro. Como prova do que digo, cito a proliferação de igrejas tão diferentes e tão iguais falando de Deus segundo seu ponto de vista.
A medicina busca remédios para os sintomas e a origem fica de lado. Efeitos colaterais e dependências são subprodutos aceitáveis desde que alguma melhora se apresente.
Um remédio para corpo, mente e espírito fica difícil pois não há consenso entre a fé e a medicina.
O que fazer então?
Vivenciar a dor e não tomar remédios ou querer se adaptar ao que a sociedade acha que é o tempo ideal para viver a dor.
Dor nem sempre é ruim, nas doenças é aviso de que algo precisa de tratamento.
A dor da perda deve ser sentida e vivida até que venha a aceitação natural de que começamos a morrer ao nascermos.
Cada um de nós tem um tempo de validade. Nascemos únicos e morremos únicos por mais que nossa história se pareça com a de outros.
Cabe a cada um saber medir os próprios sentimentos e controlá-los ou não.
Seria bom parar de queremos que os outros ajam ou reajam conforme achamos.
Cada ser humano é maravilhosa criação de Deus e, por isso, diferente de todos os outros, não devendo ser julgado ou dimensionado a conceitos.
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